Mais do que falar de Feijó, Romário relembrou ação de Renan para travar investigações em CPI
Publicado em 12 de junho de 2017 às 12:17
Como já divulgado na Coluna Labafero, no site CadaMinuto, o senador e ex-jogador de futebol Romário se manifestou sobre a Operação da Polícia Federal que resultou em mandados de busca e apreensão contra o vice-presidente da CBF, Gustavo Feijó.
O senador faz críticas a Feijó e sua atuação buscando barrar investigações ainda em uma CPI. Todavia, vai além disso e toca em um ponto grave: o senador Renan Calheiros (PMDB) – quando presidente do Senado Federal – agiu em benefício de Feijó para impedir que ele fosse convocado para depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Futebol.
Feijó – segundo Romário – teve dois padrinhos: o senador Ciro Nogueira e Renan Calheiros. De acordo com Romário, depois que foi aprovada a convocação de Gustavo Feijó, Nogueira – “representando a bancada da CPF” – pediu a anulação da sessão e Renan Calheiros anulou.
Romário destaca que a Operação de hoje é fruto de informações compartilhadas entre a CPI e o Ministério Público Eleitoral. Feijó é acusado de ter praticado “caixa 2” na campanha eleitoral de 2012, quando se elegeu prefeito da cidade de Boca da Mata.
Os recursos não declarados – descreve Romário – foram repassados pela CBF. Isto, destaca o ex-jogador, foi apontado pela investigação da CPI. Daí querer se ouvir Feijó.
Segundo Romário, para proteger Gustavo Feijó, Renan Calheiros e Ciro Nogueira foram arbitrários em uma ação “completamente ilegal”. Além de Feijó, seriam ouvidos Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero. Romário diz que a ação conjunta dos senadores travou a CPI por meses e limitou o trabalho de investigação.
“Fico muito feliz que os órgãos competentes, como o MPE e a PF, estejam dando prosseguimento ao trabalho iniciado por mim na CPI do Futebol. Os resultados de uma investigação nem sempre são imediatos, tenho certeza que o que conseguimos provar ainda vai dar muita dor de cabeça para aqueles que fazem do futebol um ofício criminoso”, complementou nas redes sociais.
As críticas de Romário a esta ação são antigas. Em 2016, ele já havia dito o seguinte sobre o caso que envolvia Renan Calheiros: “Estou absolutamente perplexo com a decisão do presidente do Senado, Renan Calheiros, de refazer a votação de requerimentos na sessão de ontem da CPI do Futebol, que aprovou a convocação de testemunha fundamentais para o andamento dos trabalhos”.
Mais do que falar de Feijó, Romário relembrou ação de Renan para travar investigações em CPI