“Ladrão tem que ir para a cadeia”, diz Romário ao comentar prisão de Marin
Publicado em 27 de maio de 2015 às 11:22
O senador Romário (PSB-RJ) comentou na manhã desta quarta-feira (27) a prisão do vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, em Zurique, na Suíça, em uma operação em conjunto entre a polícia suíça e a polícia americana. “Muitos dos corruptos e ladrões que fazem mal ao futebol foram presos. Inclusive um dos maiores do país, que se chama José Maria Marin”, declarou.
Para o senador, é uma pena que as prisões não tenham sido feitas no Brasil. “Infelizmente, não foi a nossa polícia que prendeu. Ladrão tem que ir para a cadeia. Parabenizo o FBI e especialmente a polícia suíça pela atitude. Espero que isso repercuta positivamente e que isso passe a ser aplicado na América do Sul”.
Essas declarações foram feitas durante audiência pública sobre futebol feminino realizada na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal, presidida pelo senador. Romário relacionou a falta de recursos para o futebol feminino à corrupção.
“Até hoje o futebol feminino não dá lucro, não dá dinheiro. E onde não dá dinheiro, eles não podem roubar, não podem enriquecer ilicitamente, então, infelizmente, eles não apoiam como têm que fazer”, disse.
Apesar da atuação situação do futebol, Romário se diz otimista. “Graças a Deus, o que se faz aqui se paga aqui também. Essa prisão de Marin já é o início de um grande futuro para o nosso futebol, especialmente pra essa entidade, que é a mais corrupta que nós temos no futebol aqui no país, a CBF, e no mundo, a FIFA”.
A operação que prendeu Marin e outros seis dirigentes da FIFA ocorreu às vésperas da eleição da FIFA, em que o presidente da entidade, Joseph Blatter, se prepara para o seu quinto mandato. “Acredito que, com isso, alguma coisa se modifique. Existe a expectativa, pelo menos minha, de o Blatter também ser preso e de a gente conseguir colocar como dirigentes pessoas dignas e que querem ver no comando do futebol pessoas que realmente caminhem como têm que caminhar”.
Prisão
Segundo informação das autoridades suíças, Marin e outros seis presos na operação devem ser extraditados para os Estados Unidos. A procuradoria de Nova York faz a investigação. Os alvos são principalmente dirigentes da América do Sul e da Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Carine (Concacaf).